Antes do início da pandemia da COVID-19, o trabalho remoto já era realidade em algumas empresas. Com a chegada do vírus, pequenas e grandes corporações tiveram que se adaptar ao novo modelo para dar continuidade aos seus serviços e garantir segurança aos seus funcionários. As reuniões presenciais foram substituídas por ligações online, horas no trânsito se transformaram em alguns minutos extras dormindo ou apreciando calmamente um café da manhã, e a qualidade de vida melhorou consideravelmente.
Mas o ápice da pandemia passou e é pouco provável que as práticas de trabalho antigas voltem ao normal, já que mesmo após 12,8 bilhões de doses de vacinas aplicadas contra a COVID-19 no mundo, algumas empresas ainda continuam a exercer suas atividades no modelo remoto.
Os benefícios do home office são muitos, como por exemplo:
- Diminuição de custos
- Maior produtividade
- Possibilidade de trabalhar de qualquer lugar
- Ganho de tempo
- Mais qualidade de vida
- Contratação de funcionários de qualquer parte do país ou do mundo
- Mais diversidade e inclusão
Uma pesquisa realizada pela Robert Half mostra que:
- 91% dos profissionais entrevistados trabalhariam remotamente em uma empresa sediada em outra cidade/região do Brasil ou em outro país.
- Para 38% dos entrevistados, caso a empresa não ofereça ao menos uma opção parcialmente remota, procurariam um novo emprego.
- Por conta disso, cerca de 49% dos executivos entrevistados têm receio de perder algum talento no próximo ano.
Com relação à produtividade brasileira, em uma pesquisa realizada pela WeWork, a líder global em espaços de trabalho flexíveis, em parceria com a HSM, os líderes e executivos mais seniores sentem que o seu rendimento é melhor em um cenário híbrido ou presencial. Os mais juniores afirmam que sua produtividade é maior remotamente, e que ao passar de remoto para híbrido, há uma pequena perda. Além disso, a pesquisa mostra que há um grande interesse por um auxílio financeiro para cobrir os custos de se trabalhar em casa.
Ambos os modelos de trabalho enfrentam desafios. Para empresas que aderiram ao trabalho remoto, fica o questionamento: o que fazer com milhares de metros quadrados de espaço físico? Como garantir engajamento e motivação? Como disseminar os valores da empresa à distância?
Já para quem aderiu ao modelo híbrido, algumas dúvidas podem surgir, como: híbrido é ter parte do time trabalhando presencialmente e outra parte remotamente? Ou é ter todos os funcionários trabalhando remotamente alguns dias e nos outros trabalhando na empresa? Ou ainda, é ter apenas reuniões e celebrações presenciais?
Há gestores que mostram que o trabalho remoto não funciona para a sua empresa, já que ocorre falha na comunicação e/ou queda da produtividade. O certo é que a forma de trabalho mudou, assim como as prioridades dos funcionários também. Um estudo realizado pela Microsoft mostrou que, após a pandemia, 53% dos funcionários de empresas estão mais propensos a priorizar a saúde e o bem estar em vez do trabalho. E aí entra o modelo de trabalho remoto, onde se torna mais fácil ter uma qualidade de vida superior a quem trabalha presencialmente, já que o maior aproveitamento do tempo e mais momentos com a família são alguns dos benefícios.
A pandemia foi o fator inicial para as equipes da Buildbox começarem a trabalhar home office, apesar de termos um escritório em Campinas. Com isso, vimos uma oportunidade de contratar pessoas de fora do estado para integrar nosso time. Atualmente temos diversos talentos localizados em várias cidades do Brasil e todas as equipes trabalham muito bem no modelo remoto. Na Build, buscamos por pessoas independentes e esforçadas, que busquem continuamente tanto a evolução pessoal quanto da equipe.
Com toda a mudança durante esses dois últimos anos, a lição que fica é que é necessário se reinventar. Empresas que optaram pelo retorno totalmente presencial vêem um grande número de evasão por parte dos colaboradores. Mudanças são essenciais, principalmente após passar por um longo período de desafios, assim como foi na pandemia do COVID-19.