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A Inteligência Artificial é uma ameaça ou uma oportunidade para o ensino?
A inteligência artificial está mudando a forma como aprendemos e ensinamos. Mas será que isso é bom ou ruim?
Neste artigo, você vai descobrir os impactos reais da IA nas escolas e universidades, como ela está transformando o papel do professor, por que os alunos ainda não sabem usá-la com profundidade e o que as instituições de ensino precisam fazer para acompanhar esse movimento sem perder o protagonismo humano.
Como a inteligência artificial está mudando o papel do professor?
A IA chegou rápido às salas de aula, mas o preparo para lidar com ela nem sempre acompanha o mesmo ritmo.
Professores se deparam com trabalhos gerados automaticamente, alunos que não sabem explicar o que entregaram e uma sala repleta de “lápides de cemitério”. Mas o maior desafio talvez não esteja na tecnologia, e sim no comportamento..
A IA vai substituir o professor ou reforçar seu valor?
Muitos temem que a IA reduza o papel do professor a um mediador de conteúdo, quando, na verdade, o desafio é o oposto: reafirmar o valor humano em um ambiente cada vez mais automatizado.
Segundo Marcelo Torredo, professor da ESPM e convidado do BuildCast, o professor precisa criar espaço para análise, diálogo e argumentação:
“Se eu pedir para um aluno ler um capítulo e resumir em casa, estou pedindo para ser enganado. Mas se ele tiver que sustentar o que entregou, tudo muda.”
O uso da IA pelos alunos é preguiça ou sinal dos tempos?
Um erro comum é achar que os jovens dominam a IA, mas na verdade, o que se vê é uso superficial, repetitivo e sem filtro crítico.
Segundo Erika Martins, coordenadora do curso de Administração da ESPM e também convidada do BuildCast, apontou:
“O estudante acha que sabe tudo, mas na verdade é só um usuário”. Muitos usam a IA para terceirizar tarefas, sem entender o conteúdo ou refletir sobre ele. A saída?
Reposicionar o uso da tecnologia como parte do processo de aprendizado, e não como atalho para pular etapas. “
Nesse contexto, as escolas ganham um novo papel: ajudar os estudantes a desenvolver pensamento crítico, autonomia intelectual e responsabilidade sobre o que produzem, mesmo quando contam com a ajuda da tecnologia.
O que as escolas precisam fazer para lidar com a inteligência artificial?
A pandemia acelerou a digitalização, mas agora o desafio é maior: equilibrar tecnologia com conteúdo, conexão humana e adaptação regulatória.
Veja algumas ações concretas para começar agora:
- Incluir IA no currículo
É preciso mostrar como elas funcionam, onde acertam, onde erram e como interpretá-las com senso crítico.
- Capacitar professores
O corpo docente precisa ter acesso a formações constantes, com foco tanto no uso prático da IA quanto em metodologias para avaliação, correção e acompanhamento com apoio da tecnologia.
- Valorizar processos
É essencial valorizar argumentação, lógica, pesquisa e participação, aspectos que a IA ainda não consegue simular com profundidade.
- Produção desconectada
Atividades off-line, leitura coletiva e debates em sala ganham ainda mais importância. Essas práticas ajudam a desenvolver repertório próprio e a evitar o uso automático de ferramentas.
- Cultura do “saber perguntar”
Mais do que responder, os estudantes precisam aprender a fazer boas perguntas, algo essencial para usar bem qualquer tecnologia, inclusive a IA.
Por fim, não se trata de escolher entre tecnologia ou tradição, mas de entender como elas se complementam.
Assista ao episódio completo e descubra o que a IA está fazendo com a educação
Esse artigo trouxe apenas um recorte de um bate-papo inovador entre a BuildBox e a ESPM sobre inteligência artificial no ensino.
Se você é gestor educacional, professor ou profissional de tecnologia, não pode deixar de assistir.
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