Neste artigo vou apresentar como lideranças podem ampliar a trajetória digital de suas empresas em 7 passos.
- Fluxos de valor
- Horizontes de inovação
- Estratégia e ciclos de evolução digital
- Engrenagens, os núcleos descentralizados
- Comitês de evolução
- OKR’s – Objetivos e métricas chave
- Alavancas de performance
1. Fluxos de valor
As engrenagens são grupos de pessoas de alta performance.
Para criar suas engrenagens, comece reorganizando os fluxos de trabalho em fluxos de valor.
O fluxo de valor tem origem nos conceitos de Lean que prega a eliminação dos desperdícios e maximização do valor gerado.
Fluxos de valor são processos em visão sistêmica produzindo saídas com objetivo de capturar valor de uma demanda, ou seja, transformar ideias e conceitos em produtos, serviços, ofertas, jornadas e partes da jornada.
O foco está na ampliação do valor percebido pelos clientes, parceiros e demais stakeholders a ponto de influenciar a performance dos fluxos de receita atuais ou criar novos fluxos de receita à empresa.
Os principais tipos de fluxos de valor são:
- Operacionais
- Desenvolvimento de software ou C2c – “Concept-to-Code”
2. Horizontes de inovação
Esses núcleos devem ser capazes de conduzir projetos divididos em 3 categorias com os fluxos de valor em vista.
Curto prazo fortalecendo o estado atual
- H1 – Fortalecer e otimizar o “core”
- H2 – Criando o novo mais próximo
- H3 – Ou impulsionando a disrupção
3. Estratégia e ciclos de evolução digital
Para segmentar e definir o que significa cada horizonte para a empresa será necessário revisar a visão estratégica diante da revolução digital, através de análises como SWOT, Mapa de Disrupção, Hyper Growth Framework entre outras técnicas.
Esses processos devem produzir saídas concretas como:
- Parágrafo de estratégia digital
- Reposicionamento
- Movimentos e prioridades do ciclo – médio prazo
- Principais projetos
- Principais frentes de investimento (orçamento) da empresa, áreas e dos núcleos.
4. Engrenagens
Criar engrenagens significa transformar as áreas tradicionais em núcleos ou células transversais ou ao menos adicionar o conceito de núcleos descentralizados na estrutura organizacional.
5. Comitês de evolução
Também será necessário estabelecer a governança dos núcleos descentralizados através de um comitê capaz de atuar como unidade gestora e facilitadora dos núcleos descentralizados.
6. OKR’s – Objetivos e metas
Em vista dessa camada estratégica, peça que os núcleos definam 2 tipos de objetivos e metas:
- Smart
- Game Changers
7. Vetores
Diante dos objetivos e metas, os núcleos serão capazes de traçar planos contendo atividades.
Nesse momento surgirão “gaps” entre os recursos, habilidades e capacidades atuais, e o que será necessário para atingir os objetivos. Talvez não os do tipo Smart, mais realistas, mas certamente haverão gaps para atingir os objetivos GC, os “Game Changers” no médio prazo.
Logo, o caminho de solução passará pelo que chamo de vetores da trajetória digital.
Essas alavancas podem ser:
- Tecnologias
- Ferramentas
- Parcerias estratégicas – inovação aberta
- Reestruturação financeira
- M&A – Compra de Startups
- Pessoas – líderes e novos colaboradores
- Co-sourcing – contratação de habilidades e capacidades
Executar esses passos é uma missão e tanto, mas com certeza valerá a pena.
Essa nova estrutura irá habilitar e destravar a realização de novas atividades e processos facilitadores da alta performance e fortalecerá os pilares do crescimento:
- A geração de valor aos clientes
- Diferenciação
- Reforço do posicionamento
- Ampliação das vantagens competitivas do negócio no mercado.
Retroalimentar as engrenagens, revisar os projetos e seus resultados nos fluxos de valor de forma contínua tornarão a própria empresa num hangar de foguetes.
Cada núcleo será como aeronaves de alta capacidade capazes de gerar energia propulsora a ponto de levar sua empresa a patamares inimagináveis.